Quique bate Bento

No derby de todos os derbys em Portugal, pela 1ª vez desde que assumiu o cargo de treinador da equipa principal do Sporting, Paulo Bento conheceu o sabor da derrota no Estádio da Luz, e diga-se, em boa verdade, que pela exibição realizada pelo conjunto leonino na 2ª parte, e tal como disse Paulo Bento após o jogo, a vitória não merece contestação.
Sem que tivesse sido um jogo com futebol de alto nível, existiram na 1ª parte oportunidades na 1ª metade mais que suficientes para inaugurar o marcador, com o Sporting, através de Yannick, logo aos 50 segundos a abrir as hostilidades no frente a frente com Quim, com o jovem avançado a tentar um golo de chapéu que saiu um pouco acima da trave. Logo de seguida, Cardozo tentou surpreender Patrício de longe mas também ele sem resultados práticos. O Sporting tentava nestes 45 minutos dominar o jogo, tentando a posse de bola, tendo conseguido alguma superioridade a meio campo mas sem que com isso conseguisse concretizar em golo as oportunidades.
Para a segunda metade, o Benfica faz uma alteração que altera de forma radical o comportamento das equipas ao tirar Amorim e colocar Katsouranis, e com isso dominar totalmente o meio campo a um Sporting estranhamente apático nesta 2ª metade e que só a espaços se aproximava da área encarnada. A juntar a isso, 2 falhas resultaram em golo para a equipa da casa, a 1ª num lançamento lateral e poucos minutos depois, quando se notava que o Sporting não conseguia reagir ao golo, num livre a punir uma falta estupidamente desnecessária junto à bandeirola de canto.
As substituições de Paulo Bento, Derlei e Liedson, seja muito bem regressado à alta competição, para os lugares de Yannick e Postiga, e Pereirinha para o lugar de Abel não trouxeram nada de novo e à excepção de um ou outro remate, o Sporting não criou grandes calafrios a jogadores e adeptos vermelhos.
Vitória inteiramente justa da equipa que mais tentou fazer por ganhar, sem qualquer contestação, perante um Sporting que parece estranhamente apático nos grandes jogos esta época, excepção feita na Supertaça. Foi assim em Madrid, Barcelona e ontem na Luz...
Nota final para saudar o regresso à competição de Liedson que tanta falta faz ao conjunto leonino. Sou fã assumido de Postiga mas Liedson é Liedson...

Sporting-Belenenses: Cumprir sem forçar muito

Inicio de noite ameno em Lisboa a servir de palco para um clássico do futebol português decidido por um homem do norte, Hélder Postiga de seu nome, ao marcar o 1º golo do Sporting e sofrendo a grande penalidade que Romagnoli concretizou no 2º golo leonino.
Sem carregar muito no acelerador, a equipa da casa cedo tentou o golo, através do camisola 23 num remate forte de 1ª a fazer a bola passar pouco acima da barra da baliza belenense após bela assistência deRochemback, com o passar dos minutos, as oportunidades de golo não surgiam em grande número do lado leonino perante a forte linha defensiva azul e do lado contrário então, essas eram praticamente inexistentes.
Como as oportunidades eram escassas, à passagem da meia hora e na sequência de um lance iniciado na esquerda, Yannick assiste Postiga para o 1º golo da noite, ao que parece, em posição irregular, como ainda não vi o lance do golo não me pronuncio sobre se realmente à infracção ou não, mas pela perspectiva do estádio, a confusão do lance na área da equipa de Belém poderá ter causado dúvida ao arbitro auxiliar.
A 2ª parte trouxe mais do mesmo, ou ainda menos, sobretudo depois do 2º golo do Sporting, logo ao 4º minuto desta fase e à excepção de 2 boas defesas de Rui Patrício e de uma perdida clamorosa de Postiga.
Nota final para a zona mista de Alvalade em que Vukcevic anunciou, no dia em que se estreou oficialmente pelo Sporting esta época, que sairá do clube na reabertura do mercado em Janeiro...
Após estas declarações, parece-me que muito pouco iremos ver deste jogador até final do ano, a não ser que se algo mude radicalmente, pois o que hoje é verdade, amanhã é mentira...

2ª Lição

Noite de estreia da presente temporada da Liga dos Campeões e, tal como na época passada, o Sporting entra a perder, desta feita no mítico Camp Nou em Barcelona.
Se este resultado não tem nada de extraordinário, pois seria o mais expectável, ainda para mais vindo a equipa catalã de um inicio de época francamente mau na liga espanhola e com muita vontade de vencer e tentar debelar essa mesma crise, o que se nota, sobretudo na primeira parte, foi a incapacidade leonina para tentar contrariar o teórico poderio ofensivo de uma equipa onde pontificam Xavi Hernadez, melhor jogador do Euro2008, Iniesta, Messi, Henry e Eto'o...
Qualquer um deles dispensa apresentações, a sua qualidade é por demais conhecida e esta noite fizeram questão de o mostrar, como se isso não bastasse, Guardiola, que como jogador também dispensa apresentação, mostrou ter o trabalho de casa bem feito e saber exactamente como vencer o Sporting...
Perante a qualidade ofensiva demonstrada, e a gritante dificuldade defensiva dos leões em a contrariar, cedo se percebeu que esta 2ª viagem a Espanha em menos de um mês, não iria trazer nada de bom de regresso a Lisboa, dito e feito, com uma certa naturalidade a equipa catalã adiantou-se no marcador e ainda teve oportunidades, várias diga-se, para aumentar o score durante a 1ª parte.
A 2ª parte trouxe uma tentativa de reacção da equipa leonina mas sempre muito tímida e a equipa da casa, mesmo sem a intensidade da 1ª parte, nunca tirou os olhos da baliza contraria, e consegue aumentar o resultado atraves de uma grande penalidade que poderá, e reforço essa ideia, poderá, deixar algumas duvidas, mas o que conta é que foi assinalada e concretizada por Eto'o.
Paulo Bento vai fazendo substituições, como se costuma dizer troca por troca, e o Sporting acaba por reagir, sobretudo após a entrada de Miguel Veloso para o lugar de Romagnoli, e reduz para 2-1.
Nesta fase sente-se uma certa intranquilidade da equipa da casa e Paulo Bento faz uma substituição em que aparenta arriscar, ao tirar Caneira e fazendo entrar Bruno Pereirinha, a primeira impressão que fica é que o Sporting fica a jogar em 3X5X2 mas Veloso recua para o lugar de Caneira mantendo o 4X4X2, desta vez clássico em vez do tradicional losango, este esquema acaba por não trazer nada de novo e acaba por ser o Barça a fechar o resultado com 3-1, acabando com qualquer esperança leonina no empate.
Houve algumas exibições de jogadores leoninos bem abaixo do que é habitual, nomeadamente a meio-campo, sempre muito macio e que originou tão fraca exibição dos jogadores leoninos.
Para finalizar, a esperança que esta fraca exibição tenha servido para o mesmo que os jogadores leoninos alegaram que a de Madrid serviu... Que seja mais uma lição e que a aprendam depressa porque quanto mais tempo se vai perdendo em lições, menos tempo tem para se recuperar...

Castigo merecido

Portugal chumbou no 2º teste do apuramento para o Mundial 2010 após 80 minutos de grande futebol acompanhado de muito desperdício...
É uma velha máxima do futebol e hoje adequa-se na perfeição: quem não marca, sofre... Foi mesmo isso que aconteceu hoje em Alvalade, Portugal esteve imparável em futebol ofensivo, comandado por um Deco cada vez em melhor forma, após uma época desastrada, e conseguiu a proeza de cara do guarda-redes, Simão, Nani, Danny e Nuno Gomes falharem cada um uma oportunidade de golo daquelas que não se pode falhar dê lá por onde der...
Com tanto desperdício, a Dinamarca acreditou que poderia sair de Lisboa sem a derrota e os últimos 10 minutos de jogo confirmaram isso mesmo, em 2 minutos tivemos 2 golos, um para cada lado, 1º empate para a Dinamarca e na jogada seguinte grande penalidade convertida por Deco a colocar novamente a selecção das quinas em vantagem... Mas não por muito tempo, em cima do minuto 90, num canto em que Quim poderia ter ficado muito melhor na fotografia empata, e quase logo a seguir num remate fortuito a bola tabela em Pepe e trai o camisola 1 de Portugal colocando a Dinamarca em vantagem a poucos segundos do final e com os 3 pontos na bagagem de volta a casa... Quem pensava que este jogo seria favas contadas, enganou-se mas muito por culpa da selecção nacional...
Uma nota final negativa para o seleccionador nacional que optou por substituir Hugo Almeida muito bem tacticamente com assitencias fantásticas para golo, visivelmente bastante cansado, por um jogador que de há uns anos a esta parte deixa muito a desejar em vez de colocar aquele que é provavelmente o avançado português em melhor forma... Aparentemente ainda há jogadores com lugar cativo na selecção e que têm de jogar. Questão final, será que terminou o estado de graça do seleccionador nacional que havia sido endeusado pela comunicação social?

1º teste ultrapassado com distinção

Na escaldante e húmida ilha de Malta, Carlos Queiroz deu inicio à sua segunda aventura como seleccionador nacional de Portugal, e não podia ter tido um inicio mais favorável, além da goleada imposta à frágil selecção de Malta, ainda viu as selecções que partilham com Portugal a ambição de estar presente no mundial de 2010, perderem pontos em campos teoricamente mais fáceis, sobretudo a Suécia ao empatar na Albânia.
Ora se o adversário era, teoricamente, bastante acessível, o que é certo é que Portugal não se costuma dar bem com a selecção de Malta e os resultados anteriores são prova disso mesmo, mas esta noite, e sem uma exibição de classe extraordinária, conseguiu sempre ter o jogo dominado sem dar qualquer tipo de hipóteses ao adversário de conseguir fazer algo que pudesse pôr em questão a supremacia portuguesa. Se defensivamente estamos conversados, ofensivamente quase se pode dizer que a selecção foi levada ao colo por Bosingwa e Nani, sempre muito activos no ataque à baliza da selecção da casa. O meio campo mostrou-se algo desinspirado na 1ª metade tendo Deco em minha opinião subido bastante de produção com o desenrolar da partida.
Em resumo, uma exibição praticamente sem mácula a justificar todos elogios e confiança quase cega vinda de praticamente todos os sectores do futebol português depositados na contratação do novo seleccionador.
Eu da minha parte sempre tive, e continuo a ter, algumas reservas, sobretudo pelo que foi a sua carreira de treinador principal após as vitórias conquistadas em Riade e Lisboa, mas sou humilde o suficiente para reconhecer o bom trabalho e a boa contratação, se assim se comprovar...

A vez de Postiga

2ª jornada, 2ª vitória do Sporting no sempre muito complicado Estádio Municipal de Braga frente ao Sporting local.
Com Liedson ainda a recuperar da grave lesão sofrida em Maio passado, coube hoje a Hélder Postiga desempenhar o seu papel como titular na frente de ataque leonino e na 1ª oportunidade que teve, não perdoou, fazendo o seu 1º golo com a camisola verde e branca que valeram 3 pontos, que permitem ao conjunto leonino manter-se no topo da classificação a par do Nacional, únicas equipas 100% vitoriosas até ao momento.
O jogo desta noite teve uma 1ª parte algo estranha, muito impetuosa da parte da equipa da casa, que se viu a perder logo aos 3 minutos. O conjunto arsenalista tentou imprimir sempre muita velocidade ao seu ataque, não conseguindo o Sporting corresponder defensivamente, mas sempre jogando excessivamente depressa, o que acabava por ter como consequência o desperdício dos seus lances atacantes quase sempre sem rematar à baliza de Rui Patrício.
No inicio da 2ª parte, viu-se um Paulo Bento a pedir aos seus pupilos para jogarem com cabeça e estes obedeceram-lhe, auxiliados também por um Sporting de Braga menos impetuoso que na 1ª metade. O jogo foi então mais repartido e apesar de alguns lances de maior apuro para a defensiva leonina, acabou esta por controlar mais os acontecimentos.
Apesar do treinador leonino ter pedido que os jogadores usassem a cabeça, foi ele a ter de usa-la, ao perceber que se não substituísse Postiga após um desentendimento deste com João Pereira, arriscava-se a terminar novamente o jogo com menos 1 jogador em campo, opção sensata do treinador, pena foi Tiui ter demorado tanto a entrar em jogo, desperdiçando jogadas que poderiam levar perigo à defesa bracarense. Não acabou a equipa visitante com menos 1, acabou a equipa da casa após uma entrada extremamente maldosa de João Pereira sobre João Moutinho, pisando-lhe ostensivamente a coxa... Bruno Paixão não teve contemplações e mandou o lateral direito para as cabines mais cedo com um cartão vermelho directo... A partir dai não mais se viu Sporting de Braga, controlando o Sporting as operações até final.
Nota final para questionar porque raio o fiscal de linha que acompanhava o ataque do Sporting de Braga tanto gritava com Grimi, nos 2 primeiros lançamentos laterais que este efectuou, e na segunda-parte, o dialogo entre o mesmo auxiliar e Rochemback quando o jogador brasileiro se aprestava para marcar um canto...